O que faz de Tiago Sousa um exemplo insular na abordagem ao instrumento é o afastamento natural face a estilos e expectativas. Demasiado mestiço para os cânones da escola erudita, nele escutamos elementos vagamente jazzísticos, referências resgatadas à filosofia oriental e uma multiplicidade de mundos entrelaçados. Trata-se, pois, de música genuinamente livre e libertadora na sua mais plena dimensão em que o pano do onírico adorna orgulhosamente o palco do telúrico.